O que é Neurodinâmica Clínica?
É a aplicação clínica da mecânica e da fisiologia do sistema nervoso, como elas se relacionam entre si, e são integradas à função musculo-esquelética. (Michael Shacklock 2006)
Qual a importância da Neurodinâmica Clínica?
Qualquer movimento do corpo ou no corpo produz um movimento neurodinâmico e um movimento da sua interface mecânica. Ocorrendo uma acomodação do nervo em busca de conforto, e fugindo de tensão.
•O sistema nervoso não gosta de “TENSÃO”.
•A mobilização de um nervo pode reduzir a pressão sobre o nervo e pode resultar em uma melhora do fluxo sanguíneo. (SHACKLOCK, 2005)
•A neurodinâmica clínica tem como base da sua eficácia a anatomia e biomecânica do sistema nervoso.
•O sistema nervoso é considerado um “continuum” .
Qual a importância da "Continuidade" do Sistema nervoso para a Neurodinâmica Clínica?
Estudos através de imagens obtidas com ultrasonografia, permitiram a vizualização da movimentação do nervo mediano ao se adicionar movimentos do pescoço, membro superior contralateral e membros inferiores. Confirmando a questão da continuidade. E demonstrando ser possível começar um tratamento à partir da mobilização neural contralateral.
•Sintomas na região do punho podem ser decorrentes de problemas cervicais e vice-versa, “double crush” ou síndrome do duplo esmagamento.
•Segundo Butler (2002), a fisioterapia é constantemente deixada de lado nesses casos, já que a eletroterapia e os splints (imobilização) estão inadequadamente direcionados a patofisiologia e a patomecânica envolvidas no sistema.
Exemplo: compressão causada por edema intrafascicular de um ramo, associado com túnel apertado devido a hipomobilidade dos ossos do carpo. Não requer repouso e sim movimento.
Tratamento com Neurodinâmica Clínica na Síndrome do Túnel do Carpo:
Lembramos que estas fotos são apenas exemplos. A Neurodinamica Clínica pode e deve ser aplicada para todo o corpo humano.
Primeiramente iremos citar um exemplo do teste para avaliação da Síndrome do Túnel do Carpo, para então citarmos um exemplo de tratamento para a mesma disfunção.
Teste do Nervo Mediano II:
Primero Passo: Posição Inicial
Segundo Passo: Extensão de Cotovelo
Terceiro Passo: Rotação externa Gleno-umeral com Supinação do Antebraço
Quarto Passo: Extensão de Punho e Dedos
Quinto Passo: Abdução Gleno-umeral
Sexto Passo: Diferenciação estrutural
O que é a Diferenciação Estrutural?
Ocorre quando o terapeuta move a estrutura neural em questão sem mover as estruturas do sistema musculoesquelético; é dada maior ênfase ao sistema nervoso do que as outras estruturas. É utilizada em todos os testes neurodinâmicos, inclusive no teste do nervo mediano. Como exemplo, a diferenciação estrutural deve ser realizada distalmente ao local onde surgiram os primeiros sintomas, realizando flexão lateral contra lateral do pescoço para sintomas surgidos no punho. (BUTLER 2003)
Qual a importância da Diferenciação Estrutural?
A diferenciação estrutural deve ser realizada ao surgimento do primeiro sintoma durante o teste. Após a realização da diferenciação estrutural, devemos observar se os sintomas apresentaram modificações, ou seja, se elevaram ou reduziram. Caso isto ocorra estaremos diante de um componente neural.
A diferenciação estrutural traz segurança para o tratamento.
Classificação e tratamento após verificação dos resultados:
Nível 0 - contra indicado
Nível 1 - exame limitado
Nível 2 - exame padrão
Nível 3 a, b, c, d - exame avançado
Nível 1
1.1- Posicao Longe de Tensão - movimento longe de tensão
1.2- Posicao Perto de Tensão - movimento longe de tensão
1.3- Posicao Longe de Tensão - movimento perto de tensão
1.4- Posicao Perto de Tensão - movimento perto de tensão
Nível 2 – ao chegar no final do quarto passo do nível 1.
Nível 3 a, b, c, d – quando for mais difícil de provocar os sintomas